LuxFrágil
Obter Direcções Este evento já decorreu
15 — 25 Jun - 2021
Terça a sexta

LuxFrágil
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15 — 25 Jun - 2021
Terça a sexta
ESTREIA
Texto e direção: Joana Craveiro
Co-criação e interpretação: Estêvão Antunes, Inês Rosado, Joana Craveiro, Tânia Guerreiro
Músicos Convidados (Co-criação, composição e interpretação): Bruno Pinto, Francisco Madureira e Loosers (Guilherme Canhão, José Miguel Rodrigues e Rui Dâmaso)
Participação especial: Ricardo Jerónimo, Sónia Guerra, Tatiana Damaya
Colaboração criativa: Sérgio Hydalgo
Cenografia: Carla Martinez
Figurinos: Tânia Guerreiro
Imagem: João Paulo Serafim
Vídeo Direto: João Paulo Serafim, Ricardo Jerónimo, Sónia Guerra, Tatiana Damaya
Iluminação: Leocádia Silva
Som: Pedro Baptista, Sérgio Milhano (PontoZurca)
Operação de som: Pedro Baptista
Direção de produção: Alaíde Costa
Assistência: Ricardo Jerónimo, Sónia Guerra, Tatiana Damaya
Apoios: Centro Cultural Vila Flor, FX RoadLights, ZDB
Co-produção: EGEAC – Gab. Programação em Espaço Público, São Luiz Teatro Municipal, Teatro do Vestido e Teatro Nacional São João
Ricardo Jerónimo, Sónia Guerra e Tatiana Damaya participam no projecto no contexto de estágio curricular, ao abrigo de protocolo entre o Teatro do Vestido e a ESAD.CR
O Teatro do Vestido tem o apoio de República Portuguesa – Cultura | Direcção-Geral das Artes
Preço: €12
M/16
era exatamente assim que era
se nos lembrássemos de como era
e,
de certa forma,
lembramo-nos.
‘Está a gravar?’
Desta vez voltámos para nós próprios o gravador.
Convidámos uma banda (3 músicos) e mais 2 músicos, num total de 5, para que, no barulho ensurdecedor que fazem (chama-se música, pá!, ah, pois é), não nos deixarem pensar assim muito. Lembrarmo-nos, chega. Contar uns aos outros, chega. Dançar, também. Cantar, por vezes, trautear, outras. Outras, só ficar a ouvir, chega.
Desta vez, voltámos para nós o gravador.
Está a gravar, sim, o que é contas sobre isto?
Aquilo que ouvíamos parte das nossas experiências de escuta de música alternativa – de diferentes estilos – de meados dos anos 80 à passagem para os anos 90 (sendo que, em cena, estão diferentes gerações, por isso será mais rigoroso dizer que se estende no tempo para além [e antes] desse tempo). É, sobretudo, um espetáculo sobre como a música foi e é parte da identidade das pessoas que a escutam, e sobre um tempo em que a materialidade da música era crucial e em que muitas das nossas atividades e vivências se organizavam em torno disso.
Por exemplo, comprar vinis com parcas mesadas, trocá-los no pátio da escola secundária, fazer amigos por causa disso, comprar cassetes para gravar esses vinis, que assim se multiplicavam, ou comprar cassetes de concertos mesmo raros e mesmo mal gravados mas muito preciosos, ou cassetes gravadas com programas de rádio feitos por nós e para nós. Ou, quando aquilo que ouvíamos era muito daquilo que nós éramos – ou, como a música nos conferia uma identidade. Aquilo que ouvíamos leva-nos numa viagem por histórias pessoais de relação com a música e o seu consumo, que criaram e definiram identidades ao longo do tempo que ainda perduram.